MADRID 3 abr. (EUROPA PRESS) -
O governo chinês pediu aos Estados Unidos que cancelem "imediatamente" as novas tarifas anunciadas pela Casa Branca e resolvam "adequadamente" as diferenças com seus parceiros comerciais por meio de um "diálogo justo", a fim de evitar uma escalada na guerra comercial aberta pelo governo de Donald Trump para implementar sua agenda protecionista.
O Ministério do Comércio da China indicou que "se opõe firmemente" às tarifas recíprocas dos Estados Unidos e garantiu que "tomará contramedidas resolutas para salvaguardar seus próprios direitos e interesses". "Em uma guerra comercial, ninguém ganha e o protecionismo é um beco sem saída", disse um porta-voz do ministério em um comunicado.
"A história tem mostrado que o aumento das tarifas não pode resolver os problemas dos Estados Unidos. Isso não apenas prejudica seus próprios interesses, mas também coloca em risco o desenvolvimento econômico global e a estabilidade da cadeia de suprimentos", disse ele, acrescentando que a prática dos EUA "ignora o equilíbrio de interesses alcançado nas negociações comerciais multilaterais ao longo dos anos".
Nesse sentido, o porta-voz afirmou que Washington também deve ter em mente que "tem se beneficiado enormemente do comércio internacional por um longo tempo". Entretanto, "estabeleceu as chamadas 'tarifas recíprocas' com base em avaliações subjetivas e unilaterais, o que é incompatível com as regras do comércio internacional e prejudica seriamente os direitos e interesses legítimos das partes envolvidas".
"Essa é uma prática típica de intimidação unilateral. A esse respeito, muitos parceiros comerciais expressaram sua forte insatisfação e clara oposição", concluíram as autoridades chinesas, sobre as quais são impostas tarifas de 34%.
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