MADRID 3 abr. (EUROPA PRESS) -
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e sua esposa, Sara Netanyahu, chegaram no início da manhã desta quinta-feira à capital húngara, Budapeste, onde se reunirá com seu homólogo, Viktor Orbán, desafiando o mandado de prisão emitido pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) contra ele por crimes de guerra e crimes contra a humanidade no âmbito das investigações sobre a ofensiva militar na Faixa de Gaza.
O ministro da defesa da Hungria, Kristóf Szalay-Bobrovniczky, confirmou a chegada de Netanyahu em seu perfil no Facebook, onde compartilhou várias imagens mostrando como eles foram recebidos pela guarda de honra militar. "Damos as boas-vindas ao primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, em Budapeste", disse ele.
Orbán, um dos mais firmes aliados de Israel, rejeitou a ordem do TPI em novembro, apesar de seu país ser um estado-parte do Tratado de Roma, que serve como base legal para o tribunal, e acabou convidando o chefe do executivo israelense para uma visita oficial. Na época, o líder húngaro descreveu "o mandado de prisão como descarado, cínico e completamente inaceitável" e prometeu garantir a "liberdade e segurança" de Netanyahu.
Durante a visita, Netanyahu e Orbán discutirão a possível transferência da embaixada húngara de Tel Aviv para Jerusalém, o que seria mais uma ruptura com a doutrina da UE por parte do governo húngaro. Bruxelas segue a resolução 478 do Conselho de Segurança da ONU de 1980, que pede a todos os estados-membros da ONU que retirem de Jerusalém as embaixadas e missões diplomáticas em Israel.
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