Pelo menos dez mortos em ataques israelenses na província de Daraa, no sudoeste da Síria
MADRID, 3 abr. (EUROPA PRESS) -
As autoridades sírias condenaram a onda de quase vinte ataques perpetrados na quarta-feira pelo exército israelense em um período de apenas 30 minutos contra diferentes partes do país e denunciaram a "destruição quase total" do aeroporto militar de Hama (centro), onde pelo menos quatro soldados morreram e outros doze ficaram feridos.
O Ministério das Relações Exteriores da Síria condenou "nos termos mais fortes" esses bombardeios das Forças de Defesa de Israel (IDF) dirigidos contra "cinco áreas do país em um período de 30 minutos, que causaram a destruição quase total do aeroporto militar de Hama", causando a morte de pelo menos quatro soldados e ferindo outros doze, de acordo com o balanço fornecido pelo Observatório Sírio para os Direitos Humanos.
Em um comunicado publicado em seu perfil no Facebook, o Observatório denunciou esses ataques mortais como uma "violação flagrante do direito internacional e de (sua) soberania" e acusou as autoridades israelenses de se envolverem em uma "escalada injustificada" para "desestabilizar a Síria", enquanto o país tenta se reconstruir após 14 anos de guerra.
"Os repetidos ataques vêm no contexto de uma clara tentativa israelense de voltar a normalizar a violência dentro do país, minando os esforços de recuperação e perpetuando uma política de impunidade", diz a nota.
A pasta diplomática conclamou a comunidade internacional, incluindo as Nações Unidas, a agir e "pressionar Israel a cessar sua agressão e a respeitar a lei internacional e (...) o Acordo de Separação de Forças de 1974".
Essas declarações foram feitas depois que o exército do país vizinho realizou pelo menos 18 ataques contra aeronaves, pistas e torres desse aeroporto militar localizado no centro da Síria, de acordo com o Observatório de Londres e informantes do país árabe.
Além disso, a Syria TV informou que as tropas israelenses mataram pelo menos dez pessoas na província de Daraa, no sudoeste da Síria, após bombardear a cidade de Jubailiya.
As tropas israelenses também informaram que bombardearam um prédio de pesquisa científica no distrito de Berzé, no norte da capital síria, Damasco.
"Nas últimas horas, as Forças de Defesa de Israel tiveram como alvo as capacidades militares que permanecem nas áreas das bases militares sírias em Hama, juntamente com a infraestrutura militar adicional na área de Damasco", disseram.
Israel intensificou suas incursões militares no território sírio após a fuga de al-Assad da Síria, depois da tomada de Damasco em 7 de dezembro por jihadistas e rebeldes liderados pelo grupo jihadista Hayat Tahrir al Sham (HTS), cujo líder, Ahmed al Shara, é agora o presidente transitório do país.
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