Publicado 25/04/2025 14:41

Zelenski responde a Trump e reitera que a Ucrânia não reconhecerá a autoridade russa sobre nenhum território ocupado

24 de abril de 2025, Pretória, África do Sul: O presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy ouve uma pergunta durante uma coletiva de imprensa conjunta organizada pelo presidente sul-africano Cyril Ramaphosa, no Union Buildings, em 20 de abril de 2025, em Pr
Europa Press/Contacto/Ukraine Presidency/Ukrainian

MADRID 25 abr. (EUROPA PRESS) -

O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky respondeu a Donald Trump na sexta-feira, reiterando que não reconhecerá a autoridade de Moscou sobre nenhum dos territórios ocupados, depois que o presidente dos EUA disse em uma entrevista recente que "a Crimeia permanecerá na Rússia".

"Somente o povo ucraniano tem o direito de decidir quais territórios são ucranianos", disse Zelenski em um encontro com jornalistas, no qual lembrou que, de acordo com a Constituição do país, todos os territórios atualmente ocupados pela Rússia pertencem à Ucrânia.

"A Ucrânia não reconhecerá legalmente nenhum território temporariamente ocupado. Acho que essa é uma posição absolutamente justa. Ela é legal não apenas do ponto de vista da Constituição ucraniana, mas também da perspectiva do direito internacional", observou o presidente.

Zelensky enfatizou que a posição da Ucrânia sobre essa questão é amplamente apoiada por seus aliados e até mesmo por aqueles países que "mantêm um equilíbrio constante" entre Kiev e Moscou.

"Eles reconhecem a integridade territorial e a soberania da Ucrânia, incluindo a península da Crimeia", insistiu Zelenski, que também comentou as palavras de Trump sobre as aspirações da Ucrânia de ingressar na OTAN.

Zelenski optou pelo "pragmatismo" nessa questão e afirmou mais uma vez que seu país precisa de garantias de segurança "sólidas", pelo menos como as de Israel, disse ele, e insistiu na ideia de ter um contingente formado por seus "colegas europeus" no local, e não pelos Estados Unidos.

Zelenski respondeu às palavras de Trump em uma entrevista publicada na sexta-feira pela revista 'Time', na qual ele voltou a criticar as autoridades de Kiev pelo atraso nas negociações de paz, chegando a culpar o presidente ucraniano por ter iniciado a guerra por causa de suas aspirações atlantistas.

Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático

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