MADRID 25 abr. (EUROPA PRESS) -
O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky respondeu a Donald Trump na sexta-feira, reiterando que não reconhecerá a autoridade de Moscou sobre nenhum dos territórios ocupados, depois que o presidente dos EUA disse em uma entrevista recente que "a Crimeia permanecerá na Rússia".
"Somente o povo ucraniano tem o direito de decidir quais territórios são ucranianos", disse Zelenski em um encontro com jornalistas, no qual lembrou que, de acordo com a Constituição do país, todos os territórios atualmente ocupados pela Rússia pertencem à Ucrânia.
"A Ucrânia não reconhecerá legalmente nenhum território temporariamente ocupado. Acho que essa é uma posição absolutamente justa. Ela é legal não apenas do ponto de vista da Constituição ucraniana, mas também da perspectiva do direito internacional", observou o presidente.
Zelensky enfatizou que a posição da Ucrânia sobre essa questão é amplamente apoiada por seus aliados e até mesmo por aqueles países que "mantêm um equilíbrio constante" entre Kiev e Moscou.
"Eles reconhecem a integridade territorial e a soberania da Ucrânia, incluindo a península da Crimeia", insistiu Zelenski, que também comentou as palavras de Trump sobre as aspirações da Ucrânia de ingressar na OTAN.
Zelenski optou pelo "pragmatismo" nessa questão e afirmou mais uma vez que seu país precisa de garantias de segurança "sólidas", pelo menos como as de Israel, disse ele, e insistiu na ideia de ter um contingente formado por seus "colegas europeus" no local, e não pelos Estados Unidos.
Zelenski respondeu às palavras de Trump em uma entrevista publicada na sexta-feira pela revista 'Time', na qual ele voltou a criticar as autoridades de Kiev pelo atraso nas negociações de paz, chegando a culpar o presidente ucraniano por ter iniciado a guerra por causa de suas aspirações atlantistas.
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