O agressor esfaqueou a vítima fatal, uma estudante de 15 anos, 57 vezes.
MADRID, 25 abr. (EUROPA PRESS) -
O promotor de Nantes, Antoine Leroy, disse que o jovem acusado de esfaquear até a morte uma colega de escola e ferir outras três pessoas tem uma "personalidade complexa" e é "manifestamente suicida", depois que o jovem foi transferido para uma clínica psicológica na noite passada, deixando a custódia da polícia após o incidente.
Leroy deu uma entrevista à imprensa na sexta-feira, na qual explicou que Justin P., o acusado de esfaquear, é um jovem "descrito por todos como extremamente solitário", que tem "poucos amigos" e sua personalidade "preocupa sua mãe", a ponto de ter marcado várias reuniões com a equipe educacional da escola de ensino médio Notre Dame de Toutes Aides.
Nesse ponto, o promotor confirmou as declarações anteriores de alguns de seus colegas de escola e reconheceu que o suposto autor do crime tem "uma espécie de fascínio" por Adolf Hitler. Ele também apontou para o perfil "manifestamente suicida" do agressor, que antes do esfaqueamento havia escrito frases suicidas nos banheiros, como "ele queria que sua garganta fosse cortada".
O suposto autor da facada foi internado em um centro psiquiátrico na noite passada, provocando divisões na França entre aqueles que defendem medidas de segurança mais rígidas nas escolas e aqueles que pedem mais atenção à saúde mental dos adolescentes.
O adolescente foi inicialmente detido por professores na própria escola e depois preso pela polícia. O adolescente foi examinado ontem à noite por um psiquiatra que determinou que seu estado de saúde não era compatível com a medida de prisão preventiva em vigor e que ele terá de ser internado em um centro psiquiátrico até que haja uma possível melhora em seu estado mental, o que poderia devolvê-lo à custódia da polícia.
RECONSTRUÇÃO DOS FATOS
O promotor Leroy reconstituiu os eventos do dia anterior na escola de ensino médio Notre Dame de Toutes Aides e detalhou que a manhã transcorreu "normalmente" com Justin P. presente no centro. Pouco antes do meio-dia, o suspeito passou vários minutos trancado no banheiro, "cortou a testa com a faca" e, por volta das 12h15, enviou um e-mail para os 2.000 alunos, no qual divulgou sua visão pessimista da sociedade.
Nesse momento, ele foi para uma sala de aula, mas voltou ao banheiro para cobrir o resto e retornar à sala de aula. Foi lá que "sem falar, ele atacou imediata e exclusivamente uma única pessoa", um estudante de 15 anos que ele esfaqueou até 57 vezes, de acordo com a autópsia.
De acordo com informações preliminares, o motivo do esfaqueamento ainda é desconhecido e, por enquanto, deve ser descartado que o agressor e a vítima tivessem um "relacionamento afetivo". "Ela era a única pessoa naquela escola com quem ele conseguia ter um diálogo que considerava de qualidade. Não é coincidência que ele a tenha atacado", explicou o promotor, ressaltando que os dois se conheceram durante uma viagem escolar a Roma.
Depois de atacar fatalmente a menina, o suposto autor do crime saiu da sala de aula e atravessou o corredor até outra sala de aula onde estava ocorrendo uma aula de inglês. "O jovem entrou na sala com uma faca na mão e, sem distinção, atacou indiscriminadamente três alunos: dois meninos e uma menina", disse o promotor.
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